6 Tipos Prejudiciais de Relacionamentos Mãe-Filho

Já sabemos da importância do nosso papel como mãe, e de como a nossa criação impacta nosso estilo de educar.

As mães são formadoras da maturidade pessoal e da segurança interior, e padrões negativos podem prejudicar a independência física e emocional do filho.

No livro The Mom Factor de Henry Cloud e John Townsend (não encontrei tradução em português) os autores sugerem que o desenvolvimento da criança depende significativamente da atitude de sua mãe.

Os autores identificaram 6 tipos comportamentos maternos prejudiciais (que não são os únicos).

1. A Mãe Fantasma (ou a mãe distante e ausente). É a mãe emocionalmente inacessível, difícil de estabelecer um vínculo. Ela experimenta mudanças de humor frequentes, o que pode levar o filho a ter medo de confiar nela. Está tão concentrada nos problemas de sua própria vida que se distancia do filho.
Resultado: o filho não consegue aprofundar o vínculo com sua mãe, e pode ter dificuldade de confiança. E vai refletir na vida adulta: pode se tornar emocionalmente incapaz de desenvolver relações íntimas com os demais.

2. A Mãe Boneca Chinesa – não sabe como lidar com situações desagradáveis ou estressantes. Ela não sabe lidar com seus problemas e se sente sobrecarregada com o que o filho traz para sua vida.
Resultado: a criança não aprende a lidar com as emoções, na vida adulta pode se tornar impotente perante os sentimentos negativos.

3. A Mãe Controladora – acha que sabe o que é melhor para o filho (mesmo quando ele tem idade para escolher), pode usar indiferença, chantagem emocional, raiva ou hostilidade para “dominar” as escolhas.
Resultado: quando adultos podem se sentir culpados ao buscarem sua independência e tentar se livrar do controle dos pais.

4. A Mãe Trófeu – precisa de audiência e admiração. Quer ser o centro das atenções e pode usar o filho para isso, faz o possível para que ele seja “perfeito” e atenda suas expectativas. O filho é seu orgulho e seu trófeu.
Resultado: filhos inseguros, acreditam que precisam ser sempre os melhores e atender às expectativas dos demais. Quando adultos parecem fortes, mas tem medo de errar e de serem sinceros.

5. A Mãe Chefe – não quer largar o cargo.
O princípio orientador dessa mãe é: “não importa quantos anos você tenha, eu sempre serei sua mãe, e você sempre será o meu bebê”. Ela sente dificuldade de permitir que o filho cresça e se torne independente. Resultado: quando adultos, os filhos têm relações difíceis com os demais, porque nunca aprenderam a se relacionar com os outros como iguais e de forma colaborativa. Em consequência, ficam no papel de “crianças”, sentem-se inferiores e incapazes de tomar decisões maduras. Também é possível assumir a atitude de um chefe, tentando liderar e controlar os demais. Ambos estilos podem funcionar alternadamente na mesma pessoa.

6. A Mãe American Express – do tipo que não deixa que seus filhos se afastem dela, literal ou psicologicamente. Ela impõe, de algum jeito, metaforicamente o antigo slogan da American Express, “não saia de casa sem ela”. Ela tenta manter a relação mãe-filho para sempre.
Resultado: quando adultos os filhos, por um lado, idealizam sua mãe e, por outro, lutam por independência. Também transferem essa luta para outras relações, o que significa que não sabem como construir relações com base no interesse e confiança mútuos.

Você pode até se identificar com um perfil ou alguns pontos, mas não quero trazer culpa.

Estamos tentando sempre fazer nosso melhor.

O que é essencial aqui: a importância de nos conhecermos, como como pessoas, e não apenas no papel de mãe.

Na maioria das vezes estamos agindo, mesmo que inconsciente, para atender nossas necessidades ou evitar nossos medos, de maneira inconsciente.

Por isso a importância de sair do piloto automático, de se conhecer e questionar o que estamos fazendo por nós, e o que podemos fazer para melhorar a criação dos nossos filhos, e promover a independência e autonomia das próximas gerações.

Gabriela Modesto

Meu trabalho é ajudar mulheres que estão com vontade de comprar uma passagem só de ida pra Lua para fugir de todos os problemas. E ajudo mulheres exaustas e sobrecarregadas a se livrarem do estresse, ansiedade, burnout e depressão. Eu acredito que toda mulher merece viver uma vida plena, feliz e serena!

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