Carreira x Maternidade

A Licença Maternidade está acabando? O que fazer? Pânico, terror e aflição é o que sentem as mães nesse momento!

Muitas mães procuram o processo de coaching para ajudar na decisão de voltar ao trabalho ou não após a licença maternidade. São vários os fatores que influenciam nessa decisão, e eu elegi os 5 principais:

  • O bebê se torna o bem mais importante do mundo.
  • Ninguém no mundo, universo, galáxia, vai cuidar do meu bebê como eu – dizem as mães.
  • Rede de Apoio : ter com quem deixar o bebê, e ainda, com quem contar em situações de emergência.
  • Insatisfação da mulher com a atual situação profissional: empresa, atividades que exerce, salário, carreira, chefia, etc.
  • Falta de propósito: não vê sentido no que faz, não encontrou seu dom, sua vocação, pode até ter resultados positivos, mas começa a se questionar se é aquilo que quer fazer para a vida toda.

O que acontece na maioria dos casos? A mãe não quer pensar sobre isso. 

Os primeiros meses com o bebê é uma fase de adaptação, e você quer ficar lá no seu cantinho com ele, curtindo o máximo que puder, e quer evitar sequer pensar na dor da separação ou não quer pensar no trabalho que não gosta).

Só que, ao deixar para tomar essa decisão em cima da hora, sem tempo para pensar e planejar, a mãe toma uma decisão (muitas vezes baseada nos milhões de palpites dos outros) e sem contemplar todos os aspectos envolvidos e depois pode sofrer muito com essa decisão.

São basicamente 2 grupos das mães que se arrependem da decisão:

MÃES QUE RETORNAM AO TRABALHO

Na maioria dos casos a decisão foi feita apenas pela renda (claro, ninguém quer passar necessidade ou deixar de ter qualidade de vida, principalmente com a chegada do bebê – fraldas são caras!). Sofrem.

Algumas chegam a chorar literalmente ao se separar dos seus filhos, seja deixá-los com alguém, ou na escola, a dor da separação é muito grande. Além de sofrer com a separação do bebê, sofrem porque ou odeiam o que fazem, e passam todos os dias se remoendo para ter o salário no final do mês. Ou não odeiam o que fazem (gostam do seu trabalho) mas gostariam de trabalhar uma quantidade menor de horas e passar mais tempo com o filho.

MÃES QUE DEIXAM O TRABALHO

Algumas decidem sair do trabalho e dedicar 100% do tempo aos filhos. A renda familiar permite (ou fazem alguns cortes no orçamento). Muito felizes por estarem com o bebê.

Os meses vão passando e aquela mãe que sempre foi uma mulher ativa e independente começa a se sentir frustrada por estar em casa (e na maioria dos casos, lavando, cozinhando, fazendo as enfadonhas atividades domésticas) e não se sentir produtiva.

Independente da escolha, ou do motivo, o fato é que essas mães estão infelizes. E uma mãe infeliz não consegue dedicar toda a atenção e carinho que gostaria ao seu filho, seja por se culpar por não estar mais tempo com ele, seja por estar com ele e desejando ter uma atividade produtiva. 

Esse é o clube das mães: recheado de culpa. E eu me incluo nele.

O que eu usei na minha decisão? Planejamento.

Minha filha Isabela 12 anos, meu filho Henrique 2 anos.

Minha primeira gravidez: Há 12 anos atrás, eu estava apenas há 2 anos trabalhando na profissão que eu amava, e a minha filha era uma bebê MUITO tranquila, eu me sentia muito confortável em deixar ela co outras pessoas, e com 5 meses ela foi pra escolinha (que era excelente). Eu trabalhava apenas 6 horas por dia, então passava a tarde com ela. Nem cogitei a possibilidade de sair do trabalho

Minha segunda gravidez: Trabalhando há 4 anos em uma multinacional, fazendo as mesmas atividades, já sinalizando à minha chefe o meu descontentamento, me sentia subutilizada e não reconhecida. Meu bebê chorava MUITO e eu sentia que ele não ia se adaptar com mais ninguém, e que nem a escola iria conseguir se adaptar à ele (não é exagero não, se você já ouviu falar de bebê highneed sabe do que eu estou falando). Eu não queria ser mãe em tempo integral, mas nesse momento eu ainda não vislumbrava uma possibilidade de ter outra atividade. Voltei ao trabalho e fiz um plano de transição de carreira, com o trabalho dos meus sonhos.

Se está nessa dúvida cruel, ou já tomou uma decisão e se arrependeu, deixo aqui 3 dicas muito práticas:

Dica 1 – Clareza

Não se desespere. Seja lá qual for o caminho que você escolheu, sempre é possível recalcular a rota. Para isso é importante ter claro o que você quer, e para que você quer isso.

Exemplo: Quero ficar 100% com meu filho, pois não quero sofrer em deixá-lo com outra pessoa, gosto do que faço mas estou insatisfeita com minha situação profissional atual.

Perceba que aqui NÃO IMPORTA o que os outros acham, e sim o que você quer e como você vai se beneficiar com isso, e você se sentir feliz e tranquila com essa decisão.

Dica 2 – Plano de Ação

Tá certo, você devia ter pensado nisso antes. Mas você imaginava que sua vida mudaria desse jeito? O que passou já foi, vamos pensar daqui pra frente.

Depois de pensar no que você quer e para que, vamos fazer o plano (para os próximos 6 meses, 2 anos e 5 anos),

Exemplo: Vou ser mãe em tempo integral até ele completar 1 ano. – O que precisa ser feito para isso ser possível em termos financeiros, rede de suporte, mudança de comportamentos e hábitos, etc?

Depois vou me reposicionar no mercado de trabalho, procurando algo que me traga realização (poderia ser empreender, ser profissional autônoma, ou simplesmente mudar de empresa/ramo). – O que precisa ser feito para isso ser possível em termos financeiros, rede de suporte, mudança de comportamentos e hábitos, etc?

Em 5 anos quero estar com uma renda XX e a posição YY. – O que precisa ser feito para isso ser possível em termos financeiros, rede de suporte, mudança de comportamentos e hábitos, etc?

Dica 3 – Organização e Disciplina

Siga o plano. Faça o precisa ser feito para que os seus objetivos sejam alcançados. Se você não estiver comprometida com o seu objetivo, os resultados não vão aparecer. Sempre que preciso, faça ajustes no plano. Quando estiver cansada, pare e descanse, não desista.

É caminhando que você encontra os obstáculos, e se você não tiver a clareza e a importância do que você quer e para que você quer isso, a sua chance de desistir é muito maior.

Dica bônus: Encontre pessoas que já tiveram sucesso naquilo que você quer, ou que acreditam em você e te apoiam. Pare de dar ouvidos àquelas pessoas pessimistas que vivem reclamando e não fazem nada para mudar a própria vida. Isso só te atrapalha.

O que eu considero mais importante nisso tudo? Você se sentir tranquila e satisfeita com a sua decisão e com o seu planejamento. Seja como for, tem que fazer sentido pra você, você mãe, você mulher, você feliz!

Gabriela Modesto

Meu trabalho é ajudar mulheres que estão com vontade de comprar uma passagem só de ida pra Lua para fugir de todos os problemas. E ajudo mulheres exaustas e sobrecarregadas a se livrarem do estresse, ansiedade, burnout e depressão. Eu acredito que toda mulher merece viver uma vida plena, feliz e serena!

Website: https://gabrielamodesto.com.br